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Fazenda da Taquara revive os tempos áureos do café

Fazenda da Taquara revive os tempos áureos do café

Data de Publicação: 1 de outubro de 2016 11:11:00 Após passar por diversos donos a fazenda reinicia o plantio de café na região

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                                        Por Juliana Henriques*


    Do alto da estrada o casarão se esconde. Vê-se apenas a placa indicando a rota para a Fazenda da Taquara. Basta adentrar um pouco mais para além da porteira para ser presenteado com o belo visual das árvores, alguns galpões antigos e adoráveis casinhas. É então que desponta imponente o casarão branco com portas, janelas e adornos em azul colonial. É de encher os olhos e de inspirar a imaginação para tudo que estamos prestes a descobrir através de Marcelo Streva, nosso anfitrião e proprietário da fazenda.
    Localizada em Barra do Piraí, no KM 2 da estrada Barra do Piraí X Valença (RJ 145), a Fazenda Taquara foi construída provavelmente em torno de 1830 pelo Comendador João Pereira da Silva. O nome Taquara foi dado pelos escravos, devido à abundância nas terras da fazenda de um bambu fino, que era assim denominado.
    Na visita guiada, Marcelo, que é formado em turismo e escreveu sua monografia baseada nas fazendas de café da região, conta que a Fazenda da Taquara passou por diversas
gerações da sua família. A história é longa. Começa com o Comendador João Pereira da Silva e passa hoje por Marcelo que é a sexta geração da família.
    Próxima de completar 200 anos de existência, a Fazenda se encontra em bom estado de conservação. A casa sede da fazenda é uma edificação de aparência sólida com características peculiares do início do século XIX. Sua planta tem conformação retangular, com pátio interno descoberto e um porão habitável. Na fachada lateral esquerda há uma varanda, que se assemelha a um alpendre. Há também uma capela que pode ser acessada pela parte interna da edificação.
    Hoje aberta a visitação, a Fazenda passou por diversos períodos produtivos, do café à produção de frangos e suínos, e mais recentemente passou a apostar no grande filão do Vale do Café que é o turismo cultural e histórico. E ainda produz café em pequena escala. Na fazenda já se encontram plantados 12 mil pés de café arábico em suas variedades catuaí vermelho e catuaí amarelo e também o catiguá, além de cafés especiais e gourmet. Durante a visitação é possível conhecer a história da família, parte do acervo original da casa e o processo produtivo do café com um passeio pelo cafezal e a degustação de cafés produzidos na fazenda que podem ser adquiridos pelos visitantes.
    Marcelo Streva nos conta o que as pessoas podem esperar da visitação à fazenda:
   “O turista, o visitante, pode vir preparado para muita história, baseada em todo o contexto da época, recheada de curiosidades e peculiaridades que envolvem não só o período do café mas também o que o antecedeu e o pós-café. Nós não nos caracterizamos, não nos vestimos como as pessoas daquela época para fazer a visitação, mas temos muita informação técnica do local e do ambiente que aqui foi vivido. Com certeza quem visita nossa fazenda sai daqui com um mundo de informações bacanas sobre esse período riquíssimo em todos os sentidos, além de poder vivenciar um pouco do dia a dia daquela época, visitando o plantação do café, assistir a ele secar no terreiro, ver como é moído e torrado e lógico, degustar.”

 

Curiosidades dentro do casarão:


    Para quem faz a visitação no interior da casa, que tem vinte cômodos, percebe que o mobiliário e os objetos são um espetáculo a parte. O acervo é rico e conta com peças únicas como uma imagem de Nossa Senhora do Café, dentro de sua capelinha. Podemos ver ainda documentos como o diploma de médico do Sr. Hernani, um Salvo Conduto, de 1813, que era usado como um passaporte e a Carta que dava título de Coronel, o livro de contabilidade de 1965 também está lá. Na copa, pode-se admirar toda a prataria e louças inglesas do século XIX. Em algumas salas somos surpreendidos por uma escrivaninha, que era chamada de papeleira ou secretária, da segunda metade do século XIX com diversos esconderijos para dinheiro e joias e outras riquezas que se quisesse esconder. Numa saleta podemos avistar um piano francês, da marca Pleyel, de 1950. Em um dos quartos, dentro de um armário, encontra-se uma belíssima coleção de chapéus, roupas e acessórios do século XIX e muito mais!
    A família reservou um corredor do casarão, que dá acesso aos quartos, para montar um acervo da família com diversas fotos de várias gerações e fotografias também da cidade de Barra do Piraí.

Serviço:

- Restaurante aberto para grupos mediante agendamento prévio.

- Visitação histórica através de agendamento.

- Café moído e torrado da fazenda e licor de café.

Para agendar sua visita:
- email: contatofazendadataquara@gmail.com
- Whatsapp: (24) 999198567
 

 

 

Imagem da Galeria Fazenda da Taquara
Imagem da Galeria Interior da Fazenda da Taquara
Imagem da Galeria Fazenda da Taquara
Imagem da Galeria Café produzido na Fazenda da Taquara
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